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Componentes da Equipe - 2ºC

Componentes da Equipe - 2ºC
Vinicius Rios, Kaique Mascarenhas, Orlando Neto, Iago Cajaiba e José Limeira

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Biologia

PAU-FERRO (Nome Científico: Caesalpinia ferrea)




Pau-Ferro
  • Reino: Plantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Família: Fabaceae
  • Nomes Populares: Pau-ferro, Jacá, Ibirá-Obi, Imirá-Itá, Jucá, Pau-ferro-do-ceará, Jucaína, Icainha, Muiarobi, Muiré-itá
  • Origem: Brasil
  • Ciclo de Vida: Perene
  • Regiões de Existência: O pau-ferro é um árvore nativa da mata atlântica, ocorrendo do sudeste ao nordeste do Brasil, nas florestas pluviais de encosta atlântica. 
  • Características Morfofisiológicas: A copa é arredondada e ampla, com cerca de 6 a 12 metros de diâmetro. O porte é imponente, atinge de 20 a 30 metros de altura. O tronco apresenta 50 a 80 cm de diâmetro. Ele é claro, marmorizado, liso e descamante, o que lhe confere em efeito decorativo interessante. As folhas são de cor verde-escura. A floração ocorre no verão e outono. As flores são amarelas, pequenas, e de importância ornamental secundária. Os frutos são vagens duras que amadurecem no inverno. Parte dos frutos cai, enquanto que uma boa parte ainda permanece na planta, formando um banco de sementes aéreo.
  • Utilidades: O pau-ferro é muito visado para o paisagismo por suas características ornamentais e de sombreamento. Apesar do porte, não possui raízes agressivas, o que é um fator importante de eleição para arborização urbana. 
Placa identificando nome, data e quem plantou o Pau-Ferro

Folha do Pau-Ferro



IPÊ-ROXO (Nome Científico: Tabebuia impetiginosa)




Ipê-Roxo

  • Reino: Plantae
  • Divisão: Angiospermae
  • Classe: Magnoliopsida
  • Família: Bignoniaceae
  • Nomes Populares: Ipê-roxo, ipê-rosa, pau-d'arco, ipê-una, casquinho, ipê-roxo-da-mata, cabroe, ipê, ipê-de-flor-roxa, ipê-mirim, ipê-preto, ipê-tabaco, ipê-uva-roxa, ipeúva-roxa, pau-d'arco-roxo, peúva, peúva-roxa
  • Origem: América do Sul
  • Ciclo de Vida: Perene
  • Regiões de Existência: O ipê-roxo aprecia climas quentes, mas pode ser cultivada em regiões subtropicais, tendo nestes casos uma redução na velocidade de crescimento.
  • Características Morfofisiológicas: Seu tronco é elegante e oferece madeira de excelente qualidade, pesada, dura, de cerne acastanhado
  • Utilidades: Fabricação de arcos de violino e instrumentos musicais, o ipê-roxo é uma ótima árvore ornamental para arborização urbana, de crescimento moderado a rápido, que não possui raízes agressivas


Placa identificando nome, data e quem plantou o Ipê-Roxo

Tronco do Ipê-Roxo

ANGICO (Nome Cientifico: Anadenanthera macrocarpa)


Angico

  • Reino: Plantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Família: Fabaceae
  • Nomes Populares: Acácia angico, acácia virgem, angico, angico de casca, angico do campo, angico fava, angico preto, angico rajado, arapiraca, cambuí, corupa, guarapiracaí, paricá
  • Regiões de Existência: São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Região Nordeste.
  • Características Morfofisiológicas: As Piptadenias (Angico) são árvores de altura entre 6 e 7 metros e com troncos entre 60 e 80cm de diâmetro. É uma árvore galhosa, porém pouco frondosa e com aspecto de mato. Tem caule reto, galhos muito reforçados e ramificados. Suas folhas são miúdas em palmase, suas  flores brancas.,  muito numerosas e sem cheiro, e o fruto, em vagens pequenas, chatas, compridas e de sementes pequenas. 
  • Utilidades: Sendo rústicos e adaptados à terrenos secos, são recomendados para recuperação ambiental, crescendo muito bem em solos pobres e degradados, podendo ser útil ainda na arborização urbana e no paisagismo. O chá de Angico combate bronquite, asma, tosse, angina, diarréia, disenteria, faringite, gripes e problemas nos pulmões. Também é usado para combater o raquitismo e a debilidade orgânica.
Placa identificando nome, data e quem plantou o Angico
Tronco do Angico

Video sobre as plantas da região

Física

Histórico da hidrelétrica de Xingó: A Usina Hidrelétrica de Xingó está localizada entre os estados de Alagoas e Sergipe, situando-se a 12 quilômetros do município de Piranhas e a 6 quilômetros do município de Canindé de São Francisco.
A Usina de Xingó está instalada no São Francisco, principal rio da região nordestina, com área de drenagem de 609.386 km2 , bacia hidrográfica da ordem de 630.000 km2, com extensão de 3.200 km, desde sua nascente, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, em Piaçabuçu/AL e Brejo Grande/SE.
A usina geradora é composta por 6 unidades com 527.000 kW de potência nominal unitária, totalizando 3.162.000 kW de potência instalada, havendo previsão para mais quatro unidades idênticas numa segunda etapa.

A energia gerada é transmitida por uma subestação elevadora com 18 transformadores monofásicos de 185 MVA cada um que elevam a tensão de 18 kV para 500 kV.

Como é feita a produção de energia: Para aproveitar o potencial hidrelétrico de um determinado rio, geralmente interrompe-se seu curso normal através de uma barragem que provoca a formação de um lago artificial chamado reservatório.
A água captada no lago formado pela barragem é conduzida até a casa de força através de canais, túneis e/ou condutos metálicos. Após passar pela turbina hidráulica, na casa de força, a água é restituída ao leito natural do rio, através do canal de fuga.
Dessa forma, a potência hidráulica é transformada em potência mecânica quando a água passa pela turbina, fazendo com que esta gire, e, no gerador, que também gira acoplado mecanicamente à turbina, a potência mecânica é transformada em potência elétrica.
A energia assim gerada é levada através de cabos ou barras condutoras, dos terminais do gerador até o transformador elevador, onde tem sua tensão (voltagem) elevada para adequada condução, através de linhas de transmissão, até os centros de consumo. Daí, através de transformadores abaixadores, a energia tem sua tensão levada a níveis adequados para utilização pelos consumidores. 

Impactos Ambientais: Os impctos ambientais provocados pela construção de uma usina hidrelétrica são irreversíveis. Apesar das usinas hidroelétricas utilizarem um recurso natural renovável e de custo zero que é a água, "não poluem" o ambiente, porém alteram a paisagem ocorrem grandes desmatamentos provocam prejuízos à fauna e à flora, inundam áreas verdes, além do que muitas famílias são deslocadas de suas residências, para darem lugar à construção dessa fonte de energia. Durante a construção de uma usina hidrelétrica muitas árvores de madeira de lei são derrubadas, outras são submersas, apodrecendo debaixo d'água permitindo a proliferação de mosquitos causadores de doenças. Muitos animais silvestres morrem, por não haver a possibilidade de resgatá-los.

 Maquete da Usina Hidrelétrica de Xingó
Miniatura da turbina, onde a enérgia é gerada

Multimídia


Conhecendo a hidrelétrica

Grupo conhecendo a cidade de Paulo Afonso a noite

Antes do passeio no Caniôn do São Francisco

Alunos do Colégio Nobre, junto a alguns professores

Grupo do Colégio Nobre que participou do Projeto Baile Perfumado

Explicação sobre as árvores

Componentes da equipe assistindo a um documentário

História

Informações sobre a região:
Delmiro Gouveia: (anteriormente Vila da Pedra) é um município e cidade do Estado de Alagoas, Brasil, localizado na Mesorregião do Sertão Alagoano, Microrregião Alagoana do Sertão do São Francisco. Faz fronteira com Água Branca, Olho D´Água do Casado, Pernambuco, Sergipe e Bahia. Está localizada a 256 metros acima do mar. Foi elevado a município em 1952. É o único município de Alagoas que faz divisa com a Bahia, Pernambuco e Sergipe ao mesmo tempo.
Tem um clima quente e seco, uma população acima de 47.000 habitantes, a economia se baseia na industria textil, comércio, agricultura e pecúaria.
Anteriormente denominado Pedra, teve seu nome alterado para Delmiro Gouveia em homenagem ao empreendedor e industrial que ali residiu no início do século XX, tendo fundado uma importante indústria de linhas de costura, a Cia Agro Fabril Mercantil, e construído a Vila Operária Padrão. O povoado se criou graças a construção de uma estrada de ferro da Great-Western, denominada Ferrovia Paulo Affonso.

Paulo Afonso: é um município brasileiro do estado da Bahia. Foi emancipado em 28 de julho de 1958 do município de Glória. Faz limite, ao norte com o município de Glória, ao sul com o município de Santa Brígida, a leste com o estado de Alagoas, a oeste com o município de Rodelas e a sudoeste com o município de Jeremoabo. Atualmente, o local está ilhado pelo rio São Francisco e muitas comportas, construído pela companhia CHESF, considerando assim o lugar como uma "ilha construída pelo homem".

Os empreendimentos de Delmiro Golveia: A história de Delmiro Gouveia, quase desconhecida entre nós, é formada de todos os ingredientes, até mesmo os românticos. Conseguindo acumular capital a partir de um pequeno comércio de couros, Delmiro Gouveia enfrentou administrações reacionárias e corruptas e idealizou uma espécie de milagre sertanejo que, no âmbito de sua fábrica de linhas de coser, em Pedra, Alagoas (atual município de Delmirio Golveia), antecipou conquistas sociais que até hoje não foram conseguidas pela esmagadora maioria dos trabalhadores brasileiros.

 De família pobre, teve que trabalhar cedo para se manter e ajudar a mãe. Foi bilheteiro da estação Olinda do trem urbano chamado maxambomba, trabalhando também na estação de Apipucos, bairro do Recife, onde adquiriu, quando rico, um palacete que hoje é propriedade da Fundação Joaquim Nabuco, onde funciona a Diretoria de Documentação. Trabalhou ainda como despachante de barcaças.

         Interessado na compra e venda de couro e peles de cabras e ovelhas vai para o interior de Pernambuco, casando-se, em 1883, com Anunciada Cândida de Melo Falcão, na cidade de Pesqueira.

         Dedicou-se ao comércio e exportação de couro e peles, inicialmente como empregado da família Lundgren e depois por conta própria. Mantinha um grande número de compradores por toda a região Nordeste do Brasil, tornando-se conhecido como o Rei das Peles.

         Fundou, em 1896, a Casa Delmiro Gouveia & Cia, passando a destruir a concorrência no setor e ficando conhecido como o Rei das Peles

         Dispondo de capital, se engajou politicamente e partiu para outros empreendimentos. Foi o responsável pela urbanização do bairro do Derby, no Recife, onde só havia manguezais: abriu estradas, ruas, construiu casas e um grande mercado modelo sem similar no Brasil, o Mercado Coelho Cintra, com 264 compartimentos alugados a comerciantes de alimentos e de outros tipos de mercadoria, inaugurado no dia 7 de setembro de 1899.

         Os baixos preços praticados no mercado incomodaram a concorrência, havendo por isso desentendimentos com o então prefeito do Recife, Esmeraldino Bandeira e em decorrência, conflitos com o poderoso Rosa e Silva, presidente do Senado Federal e vice-presidente da República, o que culminou com o incêndio do mercado, no início de 1900.

         Hoje, após a reforma realizada em 1924, o prédio do antigo mercado abriga o quartel general da Polícia Militar de Pernambuco.

         Autoritário e de temperamento difícil, à medida que enriquecia criava mais  inimigos.

Em 1901, perseguido e com problemas no casamento refugiou-se durante um ano na Europa.

Separado da esposa, em 1902, aos 39 anos, raptou a adolescente Carmela Eulina do Amaral Gusmão, fugindo para Alagoas e fixando-se na Vila da Pedra, uma localidade a cerca de 280 km de Maceió e que, na época, só possuía seis casas. Passou a comprar e exportar couro e peles, utilizando o Porto de Jaraguá, em Maceió.

Em 1909, inicia os estudos para aproveitamento econômico da cachoeira de Paulo Afonso. Em 1913, construiu no lado alagoano uma pequena usina geradora de eletricidade, puxando a rede elétrica até a sua fazenda.

Inaugurou, em 1914, uma pequena fábrica têxtil para produção de linha, com a marca Estrela, que logo dominou o mercado nacional, impondo-se também nos mercados da Argentina, Chile, Peru, depois Bolívia, Barbados e até nas Antilhas e Terra Nova. 

A fábrica era um modelo de organização, com diversos pavilhões onde ficavam os teares, uma vila operária,  ambulatório médico, cinema e ringue de patinação.

Não querendo ficar isolado e para ajudar no desenvolvimento das suas atividades industriais, construiu cerca de 520km de estradas carroçáveis e introduziu o automóvel no sertão.

Embarcava sua produção através de porto de Piranhas, utilizando a ferrovia que ligava Jatobá (atual Itaparica) a Piranhas para transportá-la.

Levou a energia elétrica para a povoação onde ficava a fábrica e depois até a Vila da Pedra.

Passou a idealizar e desenvolver projetos para a implantação de uma hidrelétrica que abastecesse o Recife de energia, o que causou desentendimentos com o então governador de Pernambuco, Dantas Barreto, que o acusava de estar procurando aproveitar-se do seu governo e, por isso, rompeu relações com o industrial.

Seu temperamento difícil, a tensão em que vivia, além da falta de apoio governamental, lhe trouxeram uma série de atritos, que culminaram com o seu assassinato à bala, no dia 10 de outubro de 1917, aos 54 anos de idade, no terraço da sua casa na Vila da Pedra, hoje município de Delmiro Gouveia.

A história de Delmiro Golveia (parte1)
(parte 2)

A história do bando de Lampião: Virgulino Ferreira da Silva, conhecido popularmente pelo apelido de Lampião, foi o principal e mais conhecido cangaceiro brasileiro. Nasceu na cidade de Serra Talhada (PE) em 7 de julho de 1898 e faleceu em Poço Redondo (SE) em 28 de julho de 1938. Ficou conhecido como o "rei do Cangaço".
Ele tinha 19 anos quando entrou para o cangaço. Dizem que tudo começou através de disputas com José Saturnino, membro da família Nogueira e vizinha de terras. Lutando contra essa família durante muitos anos, Virgulino e seus irmãos já se comportavam como futuros cangaceiros, não tardando a entrar em conflito com a polícia. A decisão de viver e morrer como bandido, contudo, só foi tomada, mesmo, quando a polícia mata José Ferreira da Silva - o patriarca da família - enquanto ele debulhava milho.Em um das primeiras lutas do bando, na escuridão da noite, Antônio (um dos irmãos Ferreira), espantado com o poder de fogo do rifle de Virgulino, que expelia balas sem parar e mais parecia uma tocha acesa, gritou o seguinte: Espia, Levino! O rifle de Virgulino virou um Lampião ! A partir desse dia, a alcunha do famoso cangaceiro passa a ser Lampião .
Virgulino consegue realizar seu maior sonho, com a intermediação do Padre Cícero Romão Batista: adquirir a patente de capitão, no Batalhão Patriótico do deputado Floro Bartholomeu, o batalhão das forças legais. Além de alimentar sua vaidade pessoal, a patente funcionaria como uma espécie de salvo-conduto, permitindo o bando circular pelas divisas dos estados do Nordeste.

Aproveitando aquela oportunidade, Virgulino solicita, também, para os companheiros Antônio Ferreira e Sabino Barbosa de Melo, os postos de 1o. e 2o. tenentes. Acatada a solicitação, os membros do bando abandonam as roupas costumeiras, vestem a farda de soldado e, como autoridades constituídas, passam a ter o dever - por mais irônico que isto possa soar -, de defender a legalidade e proteger a população nordestina.

Tudo isso foi redigido pelo Padre Cícero e assinado, a pedido deste, no dia 12 de abril de 1926, pelo engenheiro-agrônomo do Ministério da Agricultura, Dr. Pedro de Albuquerque Uchoa. Feliz da vida aos 28 anos de idade, o jovem Capitão Virgulino reúne a família para tirar fotografias.

Oficialmente, ele recebe a missão de combater a Coluna Prestes - um grupo de comunistas liderados por Luís Carlos Prestes -, grupo que vinha percorrendo o país durante o governo do presidente Artur Bernardes. No entanto, após se distanciar uns 6 quilômetros de Juazeiro, Lampião decide se embrenhar na caatinga, em busca de combates mais lucrativos, deixando para trás o prometido a Padre Cícero e as responsabilidades para com o Estado. E os soldados do governo foram chamados de "macacos", porque saíam pulando quando avistavam os cangaceiros.

No bando de Lampião tinha indivíduos de todos os tipos: gordos, magros, ruivos, louros, morenos, altos, baixos, negros e caboclos. Alguns, inclusive, eram jovens demais: Volta Seca (11 anos), Criança (15 anos), Oliveira (16 anos). O mais idoso era Pai Velho, com 71 anos de idade.

Lampião arranjava, facilmente, armamentos e munições, mas, como o fazia, era um segredo que não contava a ninguém. Uma parte das armas automáticas, para combater a Coluna Prestes, foi adquirida através do Deputado Floro Bartholomeu e do Padre Cícero. Os demais armamentos do bando foram arranjados mediante a intervenção de amigos.

Um acidente provocado pela ponta de um pau cega o olho direito do Capitão Virgulino, um órgão que, anteriormente, já se apresentava problemático devido à presença de um glaucoma. Enxergando com um olho, apenas, Lampião se vê obrigado a ficar sempre enxugando, com um lenço, as lágrimas que pingam do olho vazado. A despeito dessa deficiência, ele nunca deixou de ser um excelente estrategista.
A partir de 1917, Virgulino e a sua família passam a conviver com intensos tiroteios e emboscadas, não podendo morar em um lugar específico: são obrigados a vagar pelo sertão e levar uma vida de nômades.

Em meio às lutas e fugas, falece Dona Maria Selena, no Engenho Velho. E, no início de agosto de 1920, o patriarca da família - José Ferreira - é fuzilado pela volante do sargento José Lucena, enquanto debulhava milho. Naquele mesmo dia, então, os Ferreira fazem um juramento: o seu luto, até a morte, iria ser o rifle, a cartucheira e os tiroteios.

Quando sabia da existência de um coronel perverso, Lampião não perdia a oportunidade de queimar-lhe as fazendas e matar-lhe o gado. Nas incursões em vilas e povoados, o grupo saqueava, dizimava e matava. As violências cometidas pelo bando eram inúmeras: tatuagem a fogo, corte de orelha ou de língua, castração, estupro, morte lenta, entre outras. Muitos habitantes abandonavam definitivamente as suas propriedades, tornando desertas as caatingas, já que elas estavam entregues a soldados e cangaceiros.  

Video sobre a história do Cangaço


A saga dos cangaceiros e a sua captura:
Alguns dos feitos do bando:
  • Em 1923, seu bando efetuou assalto a casa da baronesa de Água Branca (AL).
  • Em junho de 1927, Lampião comandou seus homens na fracassada tentativa de tomar a cidade de Mossoró (RN). Chegaram nesta ocasião a sequestrar o coronel Antônio Gurgel. 
  • Na década de 1930, Lampião e seu bando passou a ser procurado por policiais de vários estados do Nordeste. O bando passou a viver de saques a fazendas e doações forçadas de comerciantes. 
  • Em 1930, conheceu Maria Déia (Maria Bonita) que ingressou no bando, tornando-se mulher de Lampião. Em 1932 nasceu a filha do casal, Expedita Ferreira.
No dia 27 de julho de 1938, o bando acampou na fazenda Angicos, situada no sertão de Sergipe, esconderijo tido por Lampião como o de maior segurança. Era noite, chovia muito e todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão de mansinho que nem os cães pressentiram. Por volta das 5:15 do dia 28, os cangaceiros levantaram para rezar o oficio e se preparavam para tomar café; quando um cangaceiro deu o alarme, já era tarde demais.

Não se sabe ao certo quem os traiu. Entretanto, naquele lugar mais seguro, o bando foi pego totalmente desprevenido. Quando os policiais do Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa.

O ataque durou uns vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida. Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do seu líder, conseguiram escapar. Bastante eufóricos com a vitória, os policiais apreenderam os bens e mutilaram os mortos. Apreenderam todo o dinheiro, o ouro e as joias.

A força volante, de maneira bastante desumana para os dias de hoje, mas seguindo o costume da época, decepou a cabeça de Lampião. Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante ferida, quando foi degolada. O mesmo ocorreu com Quinta-Feira, Mergulhão (os dois também tiveram suas cabeças arrancadas em vida), Luis Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete e Macela. Um dos policiais, demonstrando ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de fuzil na sua cabeça, deformando-a; este detalhe contribuiu para difundir a lenda de que Lampião não havia sido morto, e escapara da emboscada, tal foi a modificação causada na fisionomia do cangaceiro.

Feito isso, salgaram as cabeças e as colocaram em latas de querosene, contendo aguardente e cal. Os corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus. Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocada creolina sobre os corpos. Como alguns urubus morreram intoxicados por creolina, este fato ajudou a difundir a crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro traidor.
 Painel com fotos dos cangaceiros do bando de Lampião, atrás um painel com radigrafias do cranio de Lampião
 Fotos do cangaço no nordeste

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Geografia

A bacia do rio São Francisco é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro. O rio São Francisco, o Velho Chico, percorre 2.830 km no território brasileiro.
Uma das curiosidades em relação à hidrografia brasileira é o fato do rio São Francisco ser conhecido como o "Nilo brasileiro", devido a similaridades entre os dois: ambos passam por regiões de clima árido e beneficiam as regiões onde passam com suas cheias, sendo importantes economicamente para as localidades que atravessam.

Importância do rio São Francisco na geração de energia na região: O São Francisco é um importantíssimo recurso natural para o desenvolvimento regional, e é o responsável pela geração da energia elétrica que abastece o país, especialmente o Nordeste, ao qual é responsável por mais de 95% da energia da região.

Relação entre a riqueza hídrica da região e o contraste com o clima semiárido, muito seco: As principais causas da seca do nordeste são naturais. A região está localizada numa área em que as chuvas ocorrem poucas vezes durante o ano. Esta área recebe pouca influência de massas de ar úmidas e frias vindas do sul. Logo, permanece durante muito tempo, no sertão nordestino, uma massa de ar quente e seca, não gerando precipitações pluviométricas (chuvas). O rio São Francisco possui um grande volume hídrico, mas ele é mal distrubuida no nordeste, deixando grande parte da região sem água, para resolver isso foram planejados projetos de transposição do rio São Francisco.
A transposição do rio São Francisco é um projeto do governo federal que visa a construção de dois canais (totalizando 700 quilômetros de extensão) para levar água do rio para regiões semi-áridas do Nordeste. Desta forma, diminuiria o impacto da seca sobre a sofrida população residente, pois facilitaria o desenvolvimento da agricultura na região.

Alterações ambientais causadas por uma hidrelétrica como Xingó: Não é novidade que o barramento de um rio provoca impactos ambientais irreversíveis. Construir hidrelétricas à maneira tradicional significa abrir mão de recursos naturais para a produção de energia em escala. Apesar das usinas hidroelétricas utilizarem um recurso natural renovável e de custo zero que é a água, "não poluem" o ambiente, porém alteram a paisagem ocorrem grandes desmatamentos provocam prejuízos à fauna e à flora, inundam áreas verdes, além do que muitas famílias são deslocadas de suas residências, para darem lugar à construção dessa fonte de energia. Durante a construção de uma usina hidrelétrica muitas árvores de madeira de lei são derrubadas, outras são submersas, apodrecendo debaixo d'água permitindo a proliferação de mosquitos causadores de doenças. Muitos animais silvestres morrem, por não haver a possibilidade de resgatá-los.

Caracterização geral do município de Paulo Afonso:
  •  Economia: A micro-região de Paulo Afonso tornou-se destaque no setor secundário é uma das cidades baianas com um dos maiores PIB, só o setor industrial passam de 1,49 bilhões segundo dados do IBGE, isso leva em conta devido ao gigantesco parque hidroelétrico que se estende em todo o seu território e cidades circunvizinha. Sua região é destaque no desenvolvimento da piscicultura, principalmente na criação de Tilápias, hoje atrai indústrias para a fabricação de rações para piscicultura e outras finalidades.
  • Política: Em outubro 1958 foi um ano importantíssimo para o cenário político da cidade de Paulo Afonso, nessa data começava a primeira eleição, no dia 7 de abril Paulo Afonso recebia seus primeiros vereadores, faltava naquele momento uma infra-estrutura para comportar os representantes do povo, esse problema não foi motivo para desmotivar aquele grupo político, pois, no dia 14 de abril foi aprovada a primeira resolução, de nº 01 de autoria da Mesa Diretora da Câmara que era presidida pela vereadora Dinalva Simões Tourinho. Hoje a câmara municipal de vereadores conta com 11 representantes. A cidade contém uma estrutura planejada desde sua criação, o centro fica dentro de uma ilha artificial que foi construída com a implantação do canal da usina P.A.IV, em torno do centro ficam alguns bairros, fora dá ilha também possui outros bairros importantes, como o BTN (Bairro Tancredo Neves I, II e III) que é o bairro mais populoso, mais distante fica a zona rural e os distritos da cidade. No centro do município as ruas são pavimentas e outra parte é asfaltada, a coleta de lixo é feita semanalmente em grande parte da cidade e é direcionada para uma usina de reciclagem e já está em estado avançado à criação do aterro sanitário para reduzir os impactos ambientais.
  • Atividades econômicas: As principais atividades econômicas da cidade são a agropecuária, a produção de energia elétrica e também o turismo.
  • População: Sua população é de 108.396 habitantes,e sua densidade demográfica é de 64,77 h/km². segundo dados do senso de 2010.  
     Rio São Francisco, com barragem ao fundo
     Barragem da hidrelétrica de Xingó
    Barragem com todas as comportas fechadas

      terça-feira, 1 de novembro de 2011

      Química

      A técnica de datação por carbono-14:
      A técnica de datação por carbono-14 foi descoberta nos anos quarenta por Willard Libby. Ele percebeu que a quantidade de carbono-14 dos tecidos orgânicos mortos diminui a um ritmo constante com o passar do tempo. Assim, a medição dos valores de carbono-14 em um objeto antigo nos dá pistas muito exatas dos anos decorridos desde a sua morte.

      Esta técnica é aplicável à madeira, carbono, sedimentos orgânicos, ossos, conchas marinhas - ou seja todo o material que conteve carbono em alguma de suas formas, e o absorveu, mesmo que indirectamente, como pela alimentação com organismos fotossintetizantes, da atmosfera. Como o exame se baseia na determinação de idade através da quantidade de carbono-14 e que esta diminui com o passar do tempo, ele só pode ser usado para datar amostras que tenham até cerca de 50 mil a 70 mil anos de idade.

      Este limite de valor é dado pelos limites práticos da sensibilidade dos métodos analíticos, que para quantidades extremamente pequenas do elemento a detectar, passam a tornar a determinação pouquíssimo confiável ou mesmo impossível.

       Fosseis de um esqueleto humano que foi enterrado na posição fetal,  a partir da tecnica do carbono-14, é possivel datar a idade dos fosseis
       Esqueleto de um suposto flautista, devido ao fato dele ter sido enterrado com um osso furado, supostamente usado para emitir som, esse esqueleto foi de um menino de 14 anos
       Crânio com região fronto-pariental apresentando lesão óssea causada por infecção. Foi datado em aproximadamente 3.280 anos antes do presente

      Paulo Afonso - BA

      Paulo Afonso é um município brasileiro do estado da Bahia. Foi emancipado em 28 de julho de 1958 do município de Glória. Sua área é de 1.574 km² e sua população é de 108.396. Sua densidade demográfica é de 64,77 h/km².

      Localização: Faz limite, ao norte com o município de Glória, ao sul com o município de Santa Brígida, a leste com o estado de Alagoas, a oeste com o município de Rodelas e a sudoeste com o município de Jeremoabo. Sua localização geográfica é lat: 9º 24' 22"S e long: 38º 12' 53"W.

      Fundação da cidade: O município de Paulo Afonso nos meados do século XVIII era habitado por portugueses que chefiados por Garcia d’Ávila, subiram o rio São Francisco chegando onde hoje está localizada a cidade. Isso os levou devido à fartura de água. Encontraram pacíficos índios mariquitas e pancarus, junto a eles cultivaram a lavoura e a criação de gado, em meados de 1705, padres católicos iniciou a catequese dos silvícolas, com a intenção de evitar que fossem explorados pelos bandeirantes. Em 3 de outubro de 1725, o sertanista Paulo Viveiros Afonso recebeu, por alvará, uma sesmaria medindo três léguas de comprimentos por uma de largura. Situada na margem esquerda do rio São Francisco, abrangia as terras alagoanas da cachoeira, conhecida, então como “Sumidouro”. Não se conformando com a área que recebeu, o donatário ocupou, além das ilhas fronteiras (entre as quais a da Barroca ou Tapera), as terras baianas existentes na margem direita, onde construiu um arraial que, posteriormente, se transformou na Tapera de Paulo Afonso. A localidade, procurada como pouso de boiadas, começou a exigir desenvolvimento comercial que atendesse à solicitação de gêneros, por parte, não só dos adventícios, como da população local. O lugarejo já era expressivo núcleo demográfico do município de Glória, quando o Governo Federal, em 15 de março de 1948, criou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, com a finalidade de aproveitar a energia da Cachoeira de Paulo Afonso. O acampamento de obras localizou-se nas terras da Fazenda Forquilha. Em torno das instalações da Usina cresceu a Cidade. Cachoeira de Paulo Afonso As expedições, que iniciaram em 1553 a penetração do rio São Francisco, estão ligadas a história da Cachoeira de Paulo Afonso. Nos séculos XVI e XVII, de acordo com os arquivos de Portugal e do Brasil, a Cachoeira era conhecida como "Sumidouro" ou "Forquilha", passando a ter a atual denominação após a concessão de uma sesmaria a Paulo Viveiros Afonso, através do Alvará de 3 de outubro de 1725. Foi Delmiro Gouveia o pioneiro que, em 26 de janeiro de 1913, inaugurou uma pequena usina de 1.500 HP, hoje paralisada e fez transportar energia elétrica de Paulo Afonso para a localidade de Pedra, atual Cidade de Delmiro Gouveia, sede do município de igual nome, desmembrado do de Água Branca, em Alagoas.

      Importância econômica: Segundo dados do IBGE Paulo Afonso possui um dos maiores PIB(Produto Interno Bruto) do estado da Bahia e em 2007 estava na lista das 30 maiores cidades do nordeste com os maiores PIB.
      A micro-região de Paulo Afonso tornou-se destaque no setor secundário é uma das cidades baianas com um dos maiores PIB, só o setor industrial passam de 1,49 bilhões segundo dados do IBGE, isso leva em conta devido ao gigantesco parque hidroelétrico que se estende em todo o seu território e cidades circunvizinha. Sua região é destaque no desenvolvimento da piscicultura, principalmente na criação de Tilápias, hoje atrai indústrias para a fabricação de rações para piscicultura e outras finalidades.

      Trajeto percorrido (Feira de Santana - Paulo Afonso):